TEUS OLHOS

TEUS OLHOS

Não há o que temer

em teu olhar,

cujo brilho imita

o sol clareando a lua.

Por isso, olho-te,

embevecido,

e admiro

diuturnamente,

a beleza que dele ressalta.

Olha-me e doa-me

a água lacrimejante,

que flui morna do teu olhar.

E bebo-a, sedento,

retendo-a

em minha boca amante.

Não me canso

de olhar-te,

vendo-te nos olhos,

o brilho do sol lunar.

E quando acordo do teu lado,

meu primeiro gesto

é ver-te o olhar sonolento.

Então, teus olhos

me fitam penetrantes,

e, ao refletirem a luz do dia

alvorecido,

me pedem que os beije,

saudando-te

pelo novo dia.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 11/02/2019
Código do texto: T6572625
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