O sopro

Te quis por perto e ofereci meu afago

Te dei uns três mundos te tirei o amargo

Te ensinei que sofrimento não precisa ser calado

E agora eu sofro calado por ter me deixado

Já fui rio, lago e oceano

Meu afluente no teu mar foi desaguando

E hoje são as lágrimas que caem cantando

Uma melodia triste que meu peito vai rasgando

E meu barco na tempestade vai afundando

Os destroços aos poucos vão se espalhando

Vou nadando enquanto vou me afogando

E são as memórias do teu beijo que esse caos vão assoprando.

Gabriel Cordeiro Machado
Enviado por Gabriel Cordeiro Machado em 28/02/2020
Reeditado em 28/02/2020
Código do texto: T6876383
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