Onde Reside o Amor?

Onde reside o amor?

Não sei como responder...

Busco dentro do meu ser...

Neutralizando a racionalidade,

Resgatando a emoção,

Abalada pelos desastres,

Corroída pelas catástrofes,

De uma vida sempre vivida.

Onde reside o amor?

Terá ele alguma cor?

Gosto ou sabor?

Cheiro ou aroma?

Som, voz ou melodia?

Será ele o responsável

Por nossas alegrias?

Ditando nossas fantasias?

Penso por alguns momentos...

No rosto, na imagem...

Que me vêm no pensamento...

Será que conheço o amor?

Como posso ter certeza...

Nem o concreto é real...

O abstrato pode ser fruto

De romântica imaginação.

Onde reside o amor?

Ele existe em mim...

Guardado nos meus sorrisos,

Escondido no meu olhar,

Divido nos meus afagos,

Compartilhado no aconchego dos meus braços,

Expresso em doces palavras, nas batidas do coração e

No quase imperceptível, som da minha respiração.

O amor está em tudo que faço...

No livro que leio, na música que escuto,

No aroma da comida, no perfume dos cabelos,

Nas cores das flores, nas formas dos espelhos...

Todos os meus sentidos percebem o amor...

Porque há algum tempo decidi que assim que devo viver...

O amor está nos olhos do observador...

Se nos olhos só há desamor, nenhum amor se vê.

Mesmo na dor, ajo movida pelo amor...

Quando há ódio, busco a razão,

Para junto dela, encontrar o perdão

Temperado com intensas pitadas de amor...

Mesmo nas palavras ásperas, nos gritos e nas brigas...

O amor está presente na intenção.

A vida é curta demais para ser perdida

Com pessoas, atividades, coisas... Pelas quais não temos amor.

Alíria Branca
Enviado por Alíria Branca em 15/10/2007
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