Piedade, teu nome é covardia
Piedade, teu nome é covardia
setembro 2007
MEY MEY
Teu rosto ficou marcado
Naquela mão
Inchada e covarde
Que expulsa
Do teu perdão
Caiu na desonra
Ao te ferir a identidade
És um vil amor
Que desama ...
Ainda assim, esperas
Amas a louca mulher chamada Piedade
Mulher que fere e lacera
Se abraçou à vergonha
Que não tinha
Quis morrer por companhia
Pediu tua compaixão
Teve perdão por fidalguia
Mereces a paz do amor
A casa limpa e doce...
Cama feita e a ceia que te espera
Mulher sem índole e sem caráter
Essa tal de Piedade
É rua suja e mundana
e, como ela, emporcalha
e humilha esse amor
Essas células
Se encontraram
Se dividiram.
Não se expandiram
O paraíso as jogou nas valas
E Piedade te preferiu
Se ensaboar na lama