Estrada da Madalena


Depois do trevo da Sorte,
Na estrada da Saudade,
Na curva do Limoeiro,
Na baixa da Liberdade.
Seja na ida ou na vinda
Que eu trafegue por lá,
Sinto um nó na garganta,
Uma vontade de chorar
De saudades da menina,
Com cheiro de açucena.
De vestidinho de chita -
Descalça a Madalena,
Jogando beijinhos pra mim,
Segurando um ramalhete
De flores silvestres e frescas,
Que eu lhe dei de presente.
A lembrança da menina
É cheirosa em minha mente.
Madalena, aonde você foi parar?
Qual estrada a levou,
Pra longe dos braços meus?
O ramalhete murchou
Junto dos sonhos seus.