Divinos

Ó verdadeiro amor!

Qual extenuante desafio te aguardou?

Foi ferido, com certeza

Perdeu sementes, muitas, mas não toda seiva

E quais armadilhas ainda te rondam?

Receba a esperança

Você que é vitória na vida e na eternidade

E mesmo no reino do silêncio e da saudade

Vem em um beijo suave

Cicatrizando as dúvidas e profanações

Enquanto o tempo sopra o manto

As auras se fundem em adágio

Arrancando as folhas de cadernos

Escrevendo, rabiscando

E tornando-as páginas de um diário

Evolução...

São palavras que se unem e afastam

Para formar uma poesia

O último laço de uma jornada

Elo que é único em toda a imensidão

Eis a sabedoria de esperar, ser e acreditar

Poderia uma vida resumir toda a imortalidade?

Diga-me artesão de passados e futuros!

Afinal qual tem mais peso?

Sangue, lágrima, suor...

Respondo que é o sonho, no fim do dia

Pois dentre eles é o que nos reflete melhor

Mestre que traduz a potência de um romance

A felicidade quando encontrada é pássaro nos ombros

Caminhada que é feita de sombra e luz

Flores no céu, viagem cósmica

Toque...

Os passos na lua, alma a rodear

Sou eu

Fugindo de meus escombros e voltando para você

Rei ilhéu, ilimitado, entre mares doces e salgados

Sua plebeia hoje te aplaude

E de um novo respiro em diante será assim

Deixe-me desbravar, flutuar nessas águas

Rompo os padrões

Sou livre entre calopsitas e beija-flores

Eu abraço você e vejo

Resgatamos nossos dias

São belos, coloridos, cheios de euforia

Fecho os olhos e ainda sinto os portais

Mais que palácios, paraísos

As buscas acabam quando as mentes se encontram, conversam e compreendem

Somos todos assim, fortes e dignos

Filhos e pais de cantigas e fábulas

E nossos campos?

Sempre estarão lá e aqui...

Com e por nós

Ana Luiza Lettiere Correa
Enviado por Ana Luiza Lettiere Correa em 14/01/2024
Código do texto: T7976469
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