A FORÇA DOS TEUS OLHOS

Com duas estrelas

Se confundem

E nem parte fazem

Das constelações

Em imagens sombrias

Se fundem

Tão reluzentes

Que levam a ensombrações

Não são selvagens

Como os dos tigres

Mas os gatos

Têm desses

Que mesmo

Em noites densas

Notam-se demais

Ofegantes e fulgentes

Quantas vezes

Movem-se como sinais

Em mensagens contundentes

São punhais de penas

Poemas e música

De poetas

E cordas inteligentes

Degelos provocam

Apagam dores

Silenciam gemidos

Tal a força dos teus olhos

Policarpo Nóbrega
Enviado por Policarpo Nóbrega em 10/01/2008
Código do texto: T811370
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