Musa sem versos
Musa de ninguém (18 1 2008)
Abraços frios
São estes que emanas
Às vezes
E deixas minhas mãos
Depois
Tentas beijar-me
Nos versos
Mas sou musa de ninguém
Insistes...
Mesmo longe
Mesmo tonto
Disparas este ardor
Por todo lado
Imploro
Maltratas a mulher
Até perder a fome...
Quero arrancar sua insígnia
Seus nós de marinheiro
Confusos todos nos atemos
Quero tirar-te
Tapar as cicatrizes
Que carregam tatuados
teu nome
meu nome
outros nomes
Não posso
Te levo ao mar
Junto ao peito
Me deito e vejo
Amores vindo em ondas
Vou acompanhada delas
E de uma lágrima...
Resignada feito um trapo
Espero minha vez.