Musa sem versos

Musa de ninguém (18 1 2008)

Abraços frios

São estes que emanas

Às vezes

E deixas minhas mãos

Depois

Tentas beijar-me

Nos versos

Mas sou musa de ninguém

Insistes...

Mesmo longe

Mesmo tonto

Disparas este ardor

Por todo lado

Imploro

Maltratas a mulher

Até perder a fome...

Quero arrancar sua insígnia

Seus nós de marinheiro

Confusos todos nos atemos

Quero tirar-te

Tapar as cicatrizes

Que carregam tatuados

teu nome

meu nome

outros nomes

Não posso

Te levo ao mar

Junto ao peito

Me deito e vejo

Amores vindo em ondas

Vou acompanhada delas

E de uma lágrima...

Resignada feito um trapo

Espero minha vez.

Meyre Carvalho MEY MEY
Enviado por Meyre Carvalho MEY MEY em 19/01/2008
Reeditado em 05/07/2008
Código do texto: T823883