QUANDO OS ANJOS SE CALAM...

Quando os Anjos se calam, nossa dor é tão imensa

Que a solidão nos domina e nos toma por inteiro...

É noite escura, de chuva, onde a treva é mais densa

E, parece, nos consome até o suspiro derradeiro...

Quando os Anjos se calam, ficamos completamente sós...

E a solidão intensa, nos transforma em abandono.

É o silêncio derradeiro que sepulta a nossa voz.

É pedir para morrer e não despertar do sono...

Quando os Anjos se calam, ficamos abandonados,

Vestimo-nos de tristeza... aguardando a sepultura

Dos sonhos todos que se têm sonhados...

Faz-se frio. É o não-saber, o que foi do amor,

Que nos fez entre-tecer nosso manto de amargura

E nos enterra em mágoa da mais profunda dor...

Mas, se do fundo da amargura um amor se faz,

Faz-se sonhos das lembranças: não vão se acabar.

As desditas, ilusões... E a esperança se refaz!

Pois a nós não interessa, se o “outro” vai amar...

O amor por si, se basta! E quem o conhecer

Percebe que é maior do que qualquer aspiração,

De também se ser amado! Ao amor, basta querer

Que o outro seja feliz!... Pois é todo doação!

E quando os Anjos se calam, se vive do passado...

Se mata a saudade do bem querer sonhado

Pois o Amor faz Anjos... dos nossos amados!...

E se nós somos Anjos, não temos que querer:

Nós temos nossa vida, em amor a oferecer,

E nada mais em troca: já somos abençoados!...

..............15 mar 2008....................

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 17/03/2008
Código do texto: T905087
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