Sábado!

O sábado havia chegado

Em casa encontrava-me frustrado

Embora lá fora a lua brilhasse intensamente

Convidando-me a um passeio

Receio foi o que me veio

Pois esta me fazia recordar

O reflexo dos teus olhos

Estava triste, consternado

Algo havia acontecido e não podia fugir

Temendo tua inevitável ausência

Chorava escondido, receando ser visto

Aquele luar prateado banhava todo o vale

Em mim somente lágrimas

Insistentes lágrimas, molhavam minha face

Chorava copiosamente, displicente

Não percebia o sábado findar

E com ele aquela linda noite

De luar incomparável

Por um breve instante senti teu perfume

Senti ciúmes, uma brisa suave tocou meu rosto

Enfatuado meus olhos me delatavam

Mas não podia admitir

Então resisti, menti descaradamente

Mas para quem se só eu estava ali

No fundo eu escondia era de ti

Não queria que soubesses o que sentia

Já que você nada sentia por mim

Infortúnio de uma vida

Gostar de alguém sem ser por ele querido