HERMÓGENES

Que alma é essa

que exala sons divinais

cheio de arpejos e redondilhas

sorrindo leve à brisa?

Será da flor transformada

ou de balsâmica rara semente?

ou será de um pequenino anjo

sem asas , essa alma será?

Vem talvez lá do mar,

posto que o mar é incessante,

talvez das nômades dunas,

posto que são mansas,

sábias e pacientes!

Que alma ditosa é essa

que é lírio, que é rosa,

que afaga, que chora, que ri,

que é aço , que é vime?

Será de gente essa alma

ou de um frágil colibrí

que insiste sobre espinhos,

não desistindo da flor?

Despojada sim, de orgulho

transbordando de paixão,

que por vezes suprime a dor que sente

pra sentir a de um amigo!

Donde vem essa alma

já em salmos cantada,

que já muitos sóis e luas

carrega em sua jornada?

Existirá outra alma tão *Satívica,

debutante à cada olhar,

alma assim vestida em luz

Nesse corpo a palpitar?

SBC-SP-21/10/2005

* José Hermógenes de Andrade Filho, um dos maiores representantes do Yoga

no Ocidente! Ex-professor de Filosofia e História do Brasil.

O.S. e Política do Colégio Militar do Rio de Janeiro.

* Satívica: O equilíbrio entre a letargia e a superatividade !

José Alberto Lopes
Enviado por José Alberto Lopes em 11/02/2006
Reeditado em 18/05/2023
Código do texto: T110649
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.