Meu irmão

Dedico esta poesia ao meu irmão, Valentim Antonio de Sousa Neto, que por consequência do destino perdeu contato conosco. Mas, mesmo assim, com toda sua indiferença, nós o amamos e estaremos vigilantes, orando pelo seu bem estar físico e espiritual.

Um dia partiste levando um pouco de nós

a saudade foi nossa companheira

manhãs, tardes, noites...

A primavera chegou

não vimos desabrochar os lírios do campo

a neblina cobria nossos olhos

tudo embaçou, olhos vítreos doentios

Cá estamos a te esperar

dias, semanas, meses...

O tempo passou

não vimos jorrar nos lábios os sorrisos

cerraram todas as saídas de vida

tudo adormeceu, rosto aflitivo

Participará dos nossos banquetes

tua cadeira sempre reservada

guardanapo alvo para limpar

os restos de indiferenças

e purificado, brindaremos

tua vida

tua vinda

Te amamos, onde quer que esteja.

Elian Bantim
Enviado por Elian Bantim em 12/03/2009
Reeditado em 12/03/2009
Código do texto: T1483418
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