Mulheres

Mulheres...

Ser complicado e doce,

Amargo e feliz.

Felicidade sem fim num amor infindo,

Tristezas à altura do meu ser...

Sorrisos e abraços,

Laços que desenlaçam,

Lágrimas que não se vêem,

Rostos que não se contemplam,

Dizeres ao vento,

Ao tempo...

Nada se faz em vão.

Loucuras,

Paixões...

Efêmeras e duradouras,

Quentes e mornas...

Mas nunca frias!

Quase tudo complexo

Nesse mundo de ilusões e desilusões.

Sentimentos alheios e

aleatórios em corações partidos.

O destemido alvorecer...

Mulheres...

Como brisa suave do amanhecer,

Como neve intensa,

Sol escaldante,

Banho de água fria.

Massagens...

Pensamentos...

Sem triste fim triste.

Nunca se entendem os dizeres,

As divagações,

Os cálculos,

A frieza nem a ternura.

Nunca se contraria...

Deusas da dominação,

Senhoras de corações alados,

Donas da derradeira palavra...

Mulheres... Ah, mulheres.

Mágoas sorridentes,

Cacos e estilhaços,

Fins afins.

A elevação da soberania,

Devastação do patriarcado

Intrusos do próprio Ser...

Entendimentos desentendidos,

Loucuras que se fazem pela infinita beleza,

Elevação da moral imoral.

Complacentes...

Convincentes...

Da vida e sem vida,

Mulheres que subvertem os pensamentos do universo...

Mulheres que são mulheres!