Solano trindade, poeta de resistência
“Na minh'alma ficou/ o samba/ o batuque/ o bamboleio/ e o desejo de libertação...” (Solano Trindade, Sou Negro)
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Não se fez manso nem mudo
Abriu seu canto
À possibilidade de mudança
Essa dança difícil
nesse País
que tropeça na injustiça
e não anda
Com a dor passada presente
Fortaleceu seu alicerce
Armou-se das artes
E da força acumulada da raça
Fez-se poeta da negritude
desse nosso Brasil
Das histórias coletadas
Fez seu grito contra as injustiças
a fome
e o mando senhoril
Do sal da terra arrancou o tempero
dos seus versos
e plantou suas sementes de coragem
Seu nome: Solano Trindade
Poeta de poucas rimas
e resistência total
O firme aríete de seus versos
ainda bate firme na porta dos desmandos seculares
do preconceito
dos defeitos desta pátria
que não dá direitos a todos
Sua insistente poesia é lição
concreto
seta
forte
povo
direção