A escolha de Aline

Aline me falava em descontentamentos

longos,com graça de silêncios,

suas graciosas formas verbais

encobriam um desejo

em desespero

óbvio.

Nem em sonho vi Aline

em afirmativas deveras.

E, agora, quando reluto em resgatar-lhe

a memória de sua face,

me assombro ao perceber

bem mais

que um sexto sentido qualitativo.

O que havia de ser aquela voz

em seus ouvidos surdos?

Aline frustrou-se com suas falsas

garantias incertas,

pesou o medo

e a solidão...

e levou consigo toda sua força,

o seu mistério,

sua decisão...

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 07/12/2006
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