ARQUIVO DE HOMENAGEM PÓSTUMA A UM VELHO AMIGO

Versos de Valdir Loureiro

Eu sou um montador de verso

Que queria ser poeta;

E no poético universo,

Minha montagem é seleta.

Agradeço o bom momento

Em que fizemos contato

Qual um reavivamento

Do nosso "antigo retrato".

Conte com a minha discreta

Mão e colaboração

Para a homenagem completa

Ao "pai de uma geração".

Para um amigo e um "irmão

De farda", eu faço isso.

É uma satisfação

Que me dá mais compromisso.

Vou prestar uma homenagem

Póstuma, e entristecido,

A esse Amigo Querido

Que seguiu Eterna Viagem.

Na terra, fez sua passagem

Por onde deixou saudade.

Foi morar na Eternidade

Onde o espírito desabrocha.

Deixou entre nós a tocha

De uma amizade sem risco.

Seu nome fictício é "Disco",

É o "Disco feito de Rocha".

No que depender de mim,

Vai tudo ficar bonito:

O começo, o meio e o fim

Com um retoque erudito.

Não "brinco nesse serviço".

Portanto, vou me empenhar

Por um apoio maciço

A quem vou homenagear.

"Disco", sem querer, partiu.

Deixou a família e amigos,

Saudando-o em seus abrigos.

Às dores, não resistiu.

Seu médico não conseguiu

Debelar o sofrimento.

Para nós, resta o lamento

Que também causa sofrer

Por ver um colega ter

O seu destino mudado

Para um lugar confinado,

Esperando renascer.

Falei com o "Disco" ultimamente,

Por ligação telefônica.

Nossa conversa era uma crônica

Sobre o bom tempo da gente.

Pareceu-me resistente

À fadiga e à doença.

No entanto, não há quem vença

A força da Natureza

Quando declina na mesa

Mão de médico e bisturi,

E um leito da UTI

Vira um manto de fraqueza.