A triste hora do adeus---Arneyde T. Marcheschi

A triste hora do adeus...

Arneyde T. Marcheschi

Busco no abstrato

resquicios do presente,

olhando o retrato

do ontem...do passado.

Condenso a matéria

nos rios e labirintos da vida

trazendo para o interior

da alma chamuscada,

fragmentos estilhaçados.

Contemplo paisagens

no céu azul e colorido

da minha mente,

adentrando a morbides

do momento crucial,

onde apagaram as luzes

e a escuridão se fez presente.

O manto escuro

encombre o dia do tormento

quando você se tornou

cinzas, deixando de existir.

Na imensidão se ouve

vozes roucas, como suplicas

que tentam impedir

o cortejo de seguir.

Seu destino agora está

tracejado no anonimato

de nossas pertubadas mentes,

afrontando o desconhecido

que assusta tanto a gente.

Mas não sinto o medo,

uma força estranha

aquieta a alma,

adormece o peito ferido,

como a lhe dar guarida.

Uma luz fraca e tenue

ilumina a noite fatidica,

como a proteger da dôr

surgem pequenos anjos

amortecendo o cruel golpe.

Uma lápide fria

a sua espera,amedronta

o coração da gente,

que urra de comiseração

trazendo a compaixão

aos olhos inocentes

que aguardam a hora

derradeira

onde o adeus sempre

se faz presente.

Acabou! A partida é

inevitavél....

mais uma lei humana

cumprida...

naõ importa, se o preço pago

é alto demais.

Só nos resta aceitar

e tentar a conformidade,

chegando como um balsamo

espantando os gritos de dor

e a saudade dolorida

que jamais sera vencida,

jamais será esquecida....

Vitoria.E.Santo 09/04/2006

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