SOU MATUTA NATA

Estou agora só...

Triste, insegura e com medo.

Coisa danada de esquisita...

Dominada por um sentimento que abomino!

Há muito para fazer...

Não me importo e me deixo vencer.

Pergunto-me por que,

E, eu mesma respondo:

Quem vai saber!

Se eu nem sou eu, neste momento,

Então o medo está perdendo seu tempo

E eu jogando fora o meu lamento.

Ah! Como queria estar longe daqui...

Nalgum lugar a beira de um lago, ou na mata

Afinal nasci no interior e com orgulho assumo:

Sou matuta nata.

Aqui nesta cidade,

Só escuto o canto dos pássaros de madrugada.

O galo não canta avisando que a aurora é chegada.

Chove e não sinto o cheiro da terra molhada.

Afinal, o que faço nesta terra ingrata?

**********