* PARA O ÉRICO

Quando chego a esta Felipe

certa rua de Oliveira,

vejo o Mestre na ladeira

até que sua aura se dissipe.

E estas pedras, e as calçadas

que o acolheram se assanho,

registram as tantas passadas

feitas nas manhãs de antanho.

No portão as reminiscências

que o catorze quinze traz,

quando o cordial era essência

naqueles dias do nunca mais.

Bato à porta e sem demora

surge alguém para atender:

é Mafalda que rememora

e - como ele - sorri ao receber.

* ÉRICO VERÍSSIMO, querido amigo, romancista