Retalhos

Retalhos

A chuva fina escorrendo suave pelo vitral

O crepitar do fogo ardendo na lareira

Faz o ambiente aconchegante, quase irreal,

Onde sombras brincam na parede nua

Projetadas pela luz de solitária luminária...

O cheiro inigualável de terra molhada

O odor suave de rosas vermelhas

Invadem o recinto e a saudade explode,

Entre jasmins e miosótis delicados se espelha

Florescendo resoluta como enigmática ode...

Imortalizando as telas da memória

Deixa a alma travessa falar como poeta

Seja no papel com certo quê de brilhantismo

Ou num painel imaginário da mente em gloria

Onde no coração tem morada cativa certa...

Ah, saudade!Sóis retalhos colhidos ao relento ... Retalhos? Oh, sim, apenas retalhos...

És cofre de inúmeras riquezas, legado do tempo.

Faz-me autora de versos que brinco num lamento

Iluminando a página humilde da minha historia

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 21/01/2009
Código do texto: T1396362
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