VIDA SEM MALDADE
A triste saudade
Que sempre invade
O meu coração;
Faz-me sofrer,
Neste viver
De tanta solidão.
Nesta cidade
Há tanta vaidade,
Até é demais.
Não tem jeito,
Guardo no peito
Os tristes ais.
Sinto saudade
Da vida sem maldade
Lá do meu sertão.
No pé da serra,
Sulcando a terra
Com enxada na mão.
Confesso que chorei,
Quando avistei
Minha antiga morada.
A casa pequenina
Toda em ruína,
Na margem da estrada.