VIDA SEM MALDADE

A triste saudade

Que sempre invade

O meu coração;

Faz-me sofrer,

Neste viver

De tanta solidão.

Nesta cidade

Há tanta vaidade,

Até é demais.

Não tem jeito,

Guardo no peito

Os tristes ais.

Sinto saudade

Da vida sem maldade

Lá do meu sertão.

No pé da serra,

Sulcando a terra

Com enxada na mão.

Confesso que chorei,

Quando avistei

Minha antiga morada.

A casa pequenina

Toda em ruína,

Na margem da estrada.

João Barbosa
Enviado por João Barbosa em 19/07/2006
Código do texto: T197230