A nossa casa é um lugar
Onde se pode escutar
A cantiga de um alfinete
Quicando no lençol frio do chão
Quando ainda é (deveria ser) tempo
De todo silêncio está amordaçado
Pelos grunhidos do amor.
Nossas noites servem apenas
Para o sono inevitável que chega,
Nossos dias para as tarefas que
Fadigarão-nos para a noite.
E o tempo passa.
No meio de tudo só existe eu e você
E no meio de nós, como criança
Assustada do escuro, um silêncio sepulcral
Que de tão mudo, chega a me lançar
Em um grande turbilhão de vozes.
Eu te olho... Você dorme!
Posso ver e sentir o hálito quente
Do silêncio dando gargalhadas de mim
Chorando sua ausência tão presente,
Lamentando sua presença
Tão distante.
luznaentradadotunel
Enviado por luznaentradadotunel em 06/02/2010
Reeditado em 06/02/2010
Código do texto: T2072044
Classificação de conteúdo: seguro