O ciúme 2

Altas horas, e o ciúme vem cruel derriçando meu choro.

Vertendo lágrimas doentias, sem parar, sinto um nó nas minhas artérias.

Meu sangue está preso nos poços do meu coração.

E lá do fundo de onde vem o medo de te perder, ouço ecos das outras que te amam.

E esses ruídos me causam um quase morrer, um ódio, uma sensação de fim de sentir-se explodindo de medo de te perder. Mas, e você é meu?

Algum dia já me pertenceu?

Por que então eu me apodero de um ser que não me pertence?

Só posso estar doente!!

Por que tenho vontade de te prender no meu quarto e nunca mais deixar você sair?

Egoísmo? Paixão? Loucura?

As vezes tenho vontade de cometer uma insanidade, te sequestrar, te manter meu prisioneiro literalmente de tanto ciúme, eu queria te prender aqui comigo, não gosto que te olhem e muito menos que te toquem, que falem com você, acho que estou a beira do abismo da loucura ou já mergulhei nele.

O egoísmo toma conta do meu ser, eu quero você só meu.

Não sei o que fazer nessas horas, a imperícia de minhas palavras é visível.

As vezes desejo arrancar do meu peito essa agonia, desejo dormir e nunca mais acordar pra não ver você solto por aí.

Tenho vontade de sentir alívio disso tudo.

Mas como posso dormir com as artérias em nó?

Só você pra me curar dos meus insuportáveis medos.

Pois no instante em que estás comigo, "a sós comigo", tudo isso passa.

Mas nessas horas você sempre está longe.

Mas o que seria do meu ciúme se não fosse a sua ausência?

vivi star
Enviado por vivi star em 06/04/2010
Reeditado em 06/04/2010
Código do texto: T2181545