VEREDAS DE SILÊNCIO

*Fanny*

Caminho nos socalcos do destino

e perscruto veredas de silêncio

nos tropeços das lembranças...

Pensamentos que se esvaem

nos ventos dilacerantes da Razão...

Desfolho pétalas de ausências

pedaços de sonhos sem fragrância

que se perderam na apatia

desta minha alma privada de mim...

Peregrina de dor...num jardim sem nome...

alma errante... sem fim.

Naufrago a esperança do meu sonhar

e perco-me no oceano da solidão

vagueando por sonhos interrompidos...

asas quebradas...voos proibidos...

emoções negadas...reprimidas...contidas.

Mas do firmamento caem chuvas de estrelas...

são as lágrimas serenas da compadecida lua...

Quem sabe elas me guiem...me acendam

novos caminhos...e alumiem

os lugares solitários da minha alma?