Ruminações de um violeiro
Ruminações de um violeiro
Varar o oco do mundo
E em pensamento, no repique
do pife do mestre Vitalino
Sair do untro lado do salão
Pendurado no cangote
Da morena suada
Que se acaba na roda de côco.
E quando clarear o dia
Puxar a ultima loa da roda
Num repinicado miudinho
Repisando o coração
Que já não sabe
Como vai viver sem ela.
E quando for dormir
Ruminar as lembranças
da roda de samba
Sentindo na boca
O sabor do suor dela.
Enquanto ia deslisando a mão
Pela cintura molhada
Como se estivesse fazendo
Um carinho na viola que chora.