Engenho Velho
Engenho Velho
Engenho velho morto,
calmaria de fim de moagem
o forno frio já não queima
mais o bagaço da cana.
Os tachos de bronze a brilharem
de tão limpos agora descansam
emborcados nas gamelas.
Engenho velho de motor á diesel
já não movem as moendas
espremendo a cana caiana.
A bagaceira limpa até virou
campo de bola no fim de tarde
prá molecada se divertir.
Engenho, engenho velho
que acorda com minhas lembranças
trazendo no rastro delas
a gritaria dos cambiteiros
tangendo a burrarada...
...Hôôôôô, fasta prá lá Brilhoso!
Texto do Livro Poemas e Poesias (inédito)