Na aurora sublime do seu amor
sou fragmento de luz se apagando,
no seu universo de beleza, multicor
sou um retrato de lembrança, desbotando!

No jardim celestial, do seu celestial viver
sou crisantemo que a saudade decepou
e nos prados do futuro que almejas ter
sou pirilampo enfraquecido, cuja luz se apagou.

Nos mares calmos que velejas sem parar
sou nauta errante sem socorro, naufrgado
do seu barco de esperanças, dos seus planos, seu sonhar
sou o resíduo ofegante num cantinho empueirado!

Dentro do passado que tiveste, tão belo, tão triunfante
eu sou apenas o indigesto dia escuro que você não esquece
e nas conquistas que colecionas na estante
sou o mero espectador solitário que sem ti, padece. 

Mas, por mais que você insista que não sou,
que não fui e que nem serei ( um dia ) e ele há de raiar, eu sei...
Você vai sentir, admitir ( talvez tarde) que você se enganou
e eu sei que sabes que ninguém jamais te amou como eu te amei.




luznaentradadotunel
Enviado por luznaentradadotunel em 29/12/2012
Reeditado em 29/12/2012
Código do texto: T4059049
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.