A mulher que me alucina

(Uma cantiga suave, como essa noite de lua só metade)

A mulher que me alucina

tem um quê de travessura;

tem hora que ela me ensina,

tem hora que me censura.

Sua mão é toda algema

que me prende com ternura;

sua boca me envenena

com o doce da tortura,

pois vicia e me condena

a querê-la com loucura...

Ah! mulher que me alucina...

que me prende com ternura...

Vem ser minha! Vem ser minha!

Faz logo essa travessura...

Traz de vez a tua boca

quente, úmida, serena:

se te chamarem de louca

eu mostro que vale a pena,

pois toda censura é pouca

quando a paixão nos acena:

Ah! mulher, traz essa boca...

Te juro que vale a pena!

Buritizeiro, 24/04/2007 (22h35)