Mar de gente, vazio...

Mar de gente, vazio…

Instalo-me só numa praia qualquer,

Num oco manto de gente madura,

Respiro ar quente duma imensidão vazia

Sufoco com a brisa árida de corpos (quase) nus.

Desnorteia-me sim, o banho da tua ausência

E esse sol escaldante que me queima e bronzeia,

Que me invade num sopro de paixão e luxúria,

Sulco sem nexo grãos de areia perdidos,

…….estranho vai-vém de gente distante…

São olhares discretamente indiscretos,

Que transmitem sensações de augúrio carnal,

São mentes repletas com nada de MIM.

É um diz que não diz, é um sente que não sente,

É uma brochura de gente rumando sem fim….

Paulo Machado