Não Há Ausência

Eu não acredito

Que não escreves onde eu leio

Mas aceito

O vazio que se torna cheio

Eu não suplico

Que escrevas para a lua

Nem rejeito

Tua forma de dizeres que a hora é tua

O teu silêncio, eu não aguento

Escrevo por ser o jeito

De encontrar alento

De ter-te num abraço quando penso

Abraças teus pensamentos

Sem publicá-los

Abraço meus sentimentos

Sem externá-los

Grande saudade corre em meu peito

Recorro aos poetas para me falarem

Leio e releio cada texto por completo

Com o pretexto deles me acalmarem

Eu nem te abraço, nem te beijo

Mas foste o farol da minha escrita

Sabe que o teu cortejo

Foi a minha poesia favorita

Não te detenhas em tua poesia

Canta aos ventos o teu amor

Escreve, pois a palavra anestesia

E esquece de quem deixou a dor

Deixa um pouco de ti ainda comigo

Não te ausentes assim tão de repente

Diga o teu poema em meu ouvido

E te serei grata eternamente

Rosilda Pessoa
Enviado por Rosilda Pessoa em 06/01/2016
Reeditado em 09/02/2016
Código do texto: T5501752
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