Versos dolentes

Poeta Antonio Agostinho

Longe da casa paterna

Eu sinto imensa saudade

Do meu tempo de menino

E da minha liberdade

Trago na minha lembrança

Os momentos de criança

E vigor da mocidade

Hoje so resta saudade

Deste momento feliz

Dos carinhos de mamãe

Minha bela genetriz

E também do meu rincão

Onde encetei a missão

De cantador do país

Por lá deixei meus perfis

De cantador genial

Eu recordo com saudade

Do carinho paternal

Do beijo de mãe querida

Da nossa grande guarida

Do nosso berço natal

Como intelectual

Fiz repente de viola

Conquistei meus conterrâneos

Por lá preguei minha escola

Daquela casa tão bela

O passado me revela

Uma dor que me acrisola

Eu virei bom trovador

Relendo constantemente

Castro Alves foi meu guia

Pinto me ensinou repente

Eu lendo Lima Barreto

Aprendi fazer soneto

E conquistar minha gente

Da minha querida gente

Eu tenho recordação

Sobretudo minha mestra

A quem eu dava atenção

Jamais eu esquecerei

De tudo quanto gozei

Naquele bom casarão

Ficou no meu coração

Uma saudade latente

Da casa que morei nela

Da minha querida gente

Do meu passado feliz

E da minha genetriz

Figura forte e prudente

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 20/02/2019
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