Sua falta
Que falta sinto dos seus olhares
Dos seus segredos tão bem guardados
Que falta sinto dos nossos lugares
E dos beijos roubados e toques inesperados
Ao sentir essas faltas me coloco a pensar
Quando estava tão perto, as vezes distante
Só queríamos de alguma forma o amor cultivar
E por isso, que falta sinto do seu semblante
Sinto falta da sua face, dos seus olhares
Da sua repreensão diante de alguma travessura
E ficava nervosa se ouvia meus cantares
Enquanto observava na noite a lua nua
Até dos seus humores inconstantes sinto falta
Era sorriso de dia, seriedade a tarde e fúria na madrugada
E quando carinhosa, com uma voz peralta
Buscava em mim refúgio, meus carinhos aceitava
E minha mão contra ti nunca levantei
Era só carinhos e devoção total
Hoje sinto falta, creio que pouco dei
E a sua distância me deixa muito mal
Que falta eu sinto da sua tremenda humanidade
Aflita ficava quando um amigo precisava de atenção
Corria, movia céus e mares, oferecia só bondade
E se pudesse por empatia, dava tudo, até o coração
Essa falta que agora será eterna
Pois tudo me faz lembrar de você
Me aprisiona como no mito da caverna
Esperando nas sombras te reconhecer
Mas as faltas, agora tão intensas e marcantes
Não podem ser supridas por alguém qualquer
Você reinou em meu coração, nunca serei como antes
E jamais esperei por ti em outra mulher