CERTOS DIAS...

 

Dias sem passarinhos nos beirais...

 

De silêncio, de vagos apogeus,

 

que na praça de folhas outonais

 

a igreja aponta os céus...

 

Que as almas frágeis 

 

se irmanam mais,

 

que as horas cobrem-se com finos véus,

 

também as borboletas nos quintais,

 

desfolham–se, fechando ciclos seus...

 

Dias que sopram

 

ruas singelas

 

com ares de tristeza nas janelas...

 

São dias de olhar fotos amarelas,

 

são dias que me lembram um adeus!