Lágrimas de Dor
O dia se cansou, escureceu e pôs-se a dormir
Assim, surgiram a lua e as estrelas
Pirilampos brilhavam aqui e acolá
A vida parecia decorrer calma e tranqüila
Tudo demonstrava felicidade, calmaria
O verde das plantas, brilhavam, com a luz do luar
Flores aproveitavam a suave brisa para perfumar o ar
Não muito longe, o coaxar dos sapos faziam uma
Verdadeira orquestra com sons mais altos e outros suaves.
Mas nem tudo era música ao luar
Mariposas debatiam-se atrapalhadas atraídas
Pela luz do lampião na estrada
Sem saberem que estavam ao encontro da morte
Sentada, sozinha nos degraus da escada
Pensativa, ela criava seus sonhos de amor
Fantasias tantas vezes pensadas
Já gastas pelo tempo que passou
Como as mariposas desesperadas
Debatendo-se na ilusão da luz
Ali estava ela, sempre tão só
Martirizada, sofrida e isolada
Penando por um amor
Um amor que um dia deixou
E ao deixar, perdeu sua alma,
Sua energia, seu sentir
Se perdeu na escuridão de uma vida
Sem razão.
Sobraram-lhe apenas as lágrimas
Que desciam de seus olhos
De olhos que já nada mais sabiam apreciar
Apenas chorar pelo sonho
Que nunca pode realizar!