PASSEAVA NO CALÇADÃO

PASSEAVA NO CALÇADÃO

Passeava no calçadão,

Quando por um momento,

Tropecei na escuridão

Do teu vil esquecimento.

Não quis nisso acreditar,

Nem coisa que o pareça,

Se deixaste de me amar,

Que se passou na tua cabeça?

Agora, ando triste e só,

Sem que te possa olhar,

E tudo isso me faz dó

De os beijos não partilhar.

Ainda tenho esperança,

De que poderei voltar

A teres-me na lembrança,

E voltares-me a amar.

E se tal não puder ser,

Que ao menos feliz sejas,

E que eu te possa ver,

Nos braços de quem desejas.

Para minha grande infelicidade,

Não soube desatar o nó górdio,

Mesmo assim guardarei amizade,

Reafirmando-te amor e não ódio.