Um Grio de  Dor

No que me aflige são dos gritos não ouvidos,
Se um murmurar pra si a não ser debochado,
O Silencio que revolve de outras plagas idos,
Gritos e dor almas perenes,soltam ignorados!

Ainda o vizinho que num lamento à família,
Sente isolado do mundo de tantos habitantes,
Que seus ecos loucos se nos tímpanos sofria;
Gritos altos, todavia não ouvidos,extenuante!

Nos hospitais em leitos de dor já fraquejados ,
Vedar o paciente para paciência a demais ter ,
É uso, autoridades nestes locais acostumados
Se encerrar os gritos a gritos de dor por reter!

Nu sofrimento louco e paixão a que delirante,
Inspirando os gritos que o silêncio não os faz,
E no sentir dos tristes olhos a que declarante,
Que aos gritos mudos no silêncio se compraz!

Silencio que se tão sonhado às penitenciarias,
Nos gritos calados e em íntimos murmurantes,
Fere na alma a dor que por modéstia refratária
Se o amor ausente à um ser que perambulante


Barrinha 19 de novembro de 2008 14:31




antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 19/11/2008
Reeditado em 18/02/2009
Código do texto: T1292196
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