RIO DE INDIGNOS PRANTOS

Um rio

De indignos prantos,

Alimenta leitos e oceanos.

São peitos frios

Que infligem cruéis danos

Para de_leite de tantos...

Só os biltres

Navegam sobre águas

Densas e turvas com o salitre,

De quem se agita

E cogita

Ultrajantes mágoas.

Ó rio

Da_dor,

Em corpos abandonados,

Eu nunca rio

Da fome de Amor

Dos sonhos naufragados.

01/04/2008, Nelson Brio

Nota: Nelson Brio é o heterónimo de Abílio Henriques para os textos que alertam para a degradação da humanidade.