NINGUÉM É DE NINGUÉM
Quando um dia nos separamos,
Em minha amargura e desilusão
Por ver destruídos lindos castelos
Que foram ricamente construídos
em nobres sonhos de amor,
Naquele dia, com amargor, te odiei,
Com a mesma intensidade que te amei.
Meus castelos ruíram, a vida perdida,
Noites de insônias, pesadelos constantes,
O sofrimento marcando dias e noites vazias
Todo o horror de uma vida destruída.
O peito magoado, coração incrédulo
Em gritos de revolta, paixão e dor,
Sentimentos que somente o tempo pode apagar.
Sim, eu te odiava, te amava!...E te perdoava...
Custei a entender, que assim como eu,
Você também poderia amar outro alguém
Que nesta vida, ninguém é de ninguém,
Não somos donos de nós mesmos, e o amor
Nos trás surpresas às vezes incompreendidas.
Eu passei em sua vida. Você deixou marcas,
Que já o tempo se encarrega de suavizar.
Hoje em mim, apenas as lembranças,
De um amor que eu vivi e esvaiu-se
Como águas correntes, que se perdem
Em um córrego qualquer.
Novamente o sol volta a brilhar
Sobre meu caminho, em minha vida,
Outra vez o amor, nova ilusão.
Mas que ironia, que desespero,
Outros gritos de angustias,
O brilho de seus olhos, suas palavras de amor
Novos castelos em vão,
Você foi apenas, um segundo de ternura...
Mas, que novamente e para sempre,
destruíram meu coração...