NINGUÉM É DE NINGUÉM

Quando um dia nos separamos,

Em minha amargura e desilusão

Por ver destruídos lindos castelos

Que foram ricamente construídos

em nobres sonhos de amor,

Naquele dia, com amargor, te odiei,

Com a mesma intensidade que te amei.

Meus castelos ruíram, a vida perdida,

Noites de insônias, pesadelos constantes,

O sofrimento marcando dias e noites vazias

Todo o horror de uma vida destruída.

O peito magoado, coração incrédulo

Em gritos de revolta, paixão e dor,

Sentimentos que somente o tempo pode apagar.

Sim, eu te odiava, te amava!...E te perdoava...

Custei a entender, que assim como eu,

Você também poderia amar outro alguém

Que nesta vida, ninguém é de ninguém,

Não somos donos de nós mesmos, e o amor

Nos trás surpresas às vezes incompreendidas.

Eu passei em sua vida. Você deixou marcas,

Que já o tempo se encarrega de suavizar.

Hoje em mim, apenas as lembranças,

De um amor que eu vivi e esvaiu-se

Como águas correntes, que se perdem

Em um córrego qualquer.

Novamente o sol volta a brilhar

Sobre meu caminho, em minha vida,

Outra vez o amor, nova ilusão.

Mas que ironia, que desespero,

Outros gritos de angustias,

O brilho de seus olhos, suas palavras de amor

Novos castelos em vão,

Você foi apenas, um segundo de ternura...

Mas, que novamente e para sempre,

destruíram meu coração...

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 01/01/2009
Código do texto: T1362768
Classificação de conteúdo: seguro