Véu de Tristezas
 
Num véu de tristezas que entorpece a minha solidão,
Na vastidão que contempla pobre um campanário,
Soluça no labirinto em silencio a dor da separação,
Quem por trevas nas alegrias confortar ao solitário.
 
O espinho que na sola do pé entrou, a dor foi tanta,
A dor anestesiara a alma no corpo a que se consola,
Que branda e insana sofredora que tanto se espanta,
Registros de que freqüentes à um amor que se imola!
 
Rumo tomado caminha a trajetória de quem consente,
Atravessa ribeirinha por insônias que tomadas dores,
Compartilha sentimentos, esmagando ilusões na mente.
Se solta do penhasco das tristezas, amargos horrores!
 
E vivendo no amor louco que o meu sentimento nota,
Não sei se trevas se cancioneiro que na saudade tem;
Embriago-me se tonto que me percebo, sinto derrota;
Ainda ao rodar; Quando parada a cabeça se mantém!
 
E ouço a soluçar o sino que soa na torre as badaladas,
Ainda se a solidão, a companheira que não se separa
Desce junto, badalados ao meu infortúnio machucado;
Véu que a noite, à tristezas revela o que outrora ficara!
 
Barrinha 17 de março de 2009 11h25min.
 
Antonio Israel Bruno


antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 17/03/2009
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