Sonhos perdidos
Quando o inverno se propôs a trazer frio
Ao meu peito suado de corridas vãs
Até o túmulo dos sonhos do passado,
Não pestanejei nem um só músculo
Apenas aceitei o que o vento do destino
Obrigou-me a viver.
Vivente em um mundo de sonhos perdidos
Reencontro os meus nas profundezas
De um coração cansado
De procurar sucesso fácil
Nos fracassos cruéis de cada aniversário.
As mãos ainda procuram notas,
Nos mesmos instrumentos
Que outrora tiraram gestos de gentileza
De anjos cortesãos do rock.
Não procuro mais ouvir afinação
Na voz rouca que me salta melodias.
O silêncio agora,
Canta notas mais audíveis
Ao meu futuro desajeitado.
Quando o inverno se propôs a trazer frio
A minha alma esquecida,
Perdi a chance de ter meu nome
Gravado em uma estrela
De uma lajota qualquer.