Elegia II

O olhar referente ao mar

e ao sol ardente

(sob o qual os urubus planavam

com toda calma da irrecorrível

certeza do alimento,

sob a maldição dos corvos.)

E o sol de refletir belezas

apenas de secar a lama

em barro do amargo ( âmago ):

romã ainda verde

no pomar da alma

sem massa ou maçã – mal sã

na massaroca pueril

dos princípios justos

e das suas malversações,

antes da cortina da farsa cair

para proteger do frio

o descoberto de vilezas,

quando brilhos ora se acendem

ora se apagam conforme a demanda

de luz e treva disjuntivas,

Mais de treva onde não morre

quem dorme em paz

sem esperar por mais um dia.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 21/07/2009
Reeditado em 12/06/2020
Código do texto: T1712414
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