ARRUMAÇÕES
Andei todo o dia a arrumar
E qual foi o meu espanto!
Acabei por me encontrar
Arrumada a um canto.
Estava triste desiludida
Com meus olhos fechados,
Pois deixei passar a vida
Agarrada aos meus bordados.
Mas tive que me recompor
E fugir daquele canto,
Ir procurar um novo amor
Que me amasse tanto, tanto.
Mas foi triste a minha sorte
Continuo sempre a sofrer,
Não encontrei ninguém forte
Que me ensinasse a viver.
Maria Custódia Pereira
15-08-2005