SIGA EM PAZ

Olhe novamente agora,
Minhas pegadas estão se apagando,
Na areia quente deste dia longo,
Para o mar retornarei vazia.

Não busquei perfeição,
Apenas sinceridade,
Mas já te perdoei,
Por teu desejo ser mais forte,
E muito maior que o teu amor.

Olhe assim novamente,
Nas ondas deste meu mar,
Não existem sereias,
E nem lágrimas pra chorar,
Não restam versos, nem poesia,
Nem mesmo palavras por hora,
Que traduzam neste instante,
A grande saudade que sinto,
Do nosso carinho de outrora.
Como gostaria de fazer o tempo voltar,
E não ter permitido a você, me magoar,
Quem sabe estaríamos felizes agora.

Mas foi talvez por este amor que sinto,
Que resolvi voltar e te mostrar,
Que apesar de tudo,
Continuei a te amar,
Mesmo em minha amargura.

Perdoe-me se puder meu amado poeta,
Por ter pensado ver uma porta aberta,
E por ousar teu caminho cruzar,
Mas precisava estas palavras deixar.

Então se olhar apenas mais uma vez,
Irá perceber cravado na areia,
Conchas tingidas de paz,
Revelando o meu perdão,
E o meu mais sincero adeus.

12.01.04
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 25/08/2006
Reeditado em 31/07/2016
Código do texto: T225036
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