MAIS DO QUE SOLIDÃO


Haja visto tanta dor,
Mais uma, que mal faria,
Tenho o peito em farrapos,
E um abraço marcado,
Que nunca termina.

Teus olhos distantes ainda faiscam,
No meu caminho sem luz e sem brilho,
Que faço eu deste amor desprezado,
Que faço da minha vida ?

Respostas que o tempo de certo trará,
Quem sabe nos instantes finais,
Desta existência de solidão.

Ah! nem mais o mar deseja-me por perto,
Nem mesmo para cantos de feitiços e versos,
Onde as tristes almas morreriam ao ouví-los.
Triste sina,
Sereia ou mulher ?
A quem interessa, se como as lendas estou morrendo?

Sonia Maria Ferraz - Serei@SP

15.01.04
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 28/08/2006
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