O DESPERTAR DOS SONHOS
Quando alguém
Entrega-se livremente,
Entrega corpo,
Alma
E coração.
E passa a viver
De sentimentos
Alimentados pela emoção.
Sonhos,
Ilusões
E fantasias,
Passa a ser
O dia a dia,
Realidade.
O viver
Uma quimera,
Uma utopia,
A mentira confundida
Com a verdade.
O limiar da loucura
O amor atinge,
Não pesa,
Não mede,
Vai em frente.
Que não ouve
Que não vê,
O amor finge,
A razão é para ele
Indiferente.
Entre erros e acertos
Ele caminha,
Caindo e levantando
A sorrir.
Seguro ele segue
Não definha
Mesmo tendo
Espinhos a lhe ferir.
Um dia, ele acorda
Esmagado,
Pisado,
Sem saber por que.
Chora um pranto solto,
Magoado,
Extravasando todo
O seu sofrer.
E quem, livremente,
Se entregou,
Vê-se preso a um
Sentimento fracassado.
A quem ele se deu
A quem amou
Está perdido nas brumas
Do passado.
No sofrimento ele passa
A ver
E ouvir.
Já distingue
A mentira
Da verdade.
Aprende a pesar
E a medir.
E morre no escuro
Da saudade.