Circo da Vida


Queda das máscaras plastificadas desencanto
Desnudadas  alegorias nos amargos solavancos
Ao desalento mostra-se o circo das falsidades
Rotura das lonas encharcadas, triste realidade


Vazia a platéia, ausência sentida dos aplausos
Malabaristas tentam em vão o medo equilibrar
Na dança da bailarina a verdade se descortina
Voam os pombos, fogem os sonhos de menina


Nuvens de algodão doce carregam a felicidade
Choram os mágicos em busca das rotas cartolas
Equilibristas agarra-se no trapézio da saudade


Sufocado o riso choram palhaços do amanhã
Caem as cortinas do espetáculo cena dolorida
Verdades desnudadas  no circo chamado vida.



(Ana Stoppa)




Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 06/10/2011
Reeditado em 06/10/2011
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