O segredo de Derek de Castro
Maneco dos seus anseios
A corda e senta na lapide fria
Mira as suas mãos enrugadas,
No canto da boca fio de sangue escorria.
Olhando avante vê a si mesmo ofuscado pela lâmpada sombria,
Em pé, Derek de Castro
Conjurando signos de Zoroastro,
Trazia da floresta esquecida àquele que com desdenho a vida via.
Estava de volta à dor vivente,
As que de tanta desventura se fecharam para vida,
Agora se abriram - as dolorosas pálpebras dormentes.
- Para ti transfiro todas as minhas musas e me apresso,
Falou quase escarrando Maneco,
Sufocando-me no meu sangue te peço,
Devolve-me a sepultura! , Bradou no vale o eco.
Ali deixava poeta a coxia
De Derek colou-se a voz.
Caiu Álvares na cova fria,
Cessava a dor algoz!
O corpo em tumulo novamente apodrecia.
Morgan Luther