Me salve de mim mesmo

Caminho lentamente pela fina areia branca

Uma brisa suave toca meu rosto

Como o toque aveludado de uma mão carinhosa

Mas não há ninguém aqui

Ao longe escuto uma doce voz

"Venha, venha ao meu encontro

Esqueça as preocupações

Venha banhar em meu mar"

Meus olhos se enchem de lágrimas

Sei que não sou capaz

Sei que não sou ninguém

Por que o céu continua azul para mim?

Procuro quem continua a me chamar

Enfrentar essas ondas? Por quem?

As águas me seduzem, mas a areia é segura

Em quem confiar sendo que nem sei quem sou?

Então paro em meio ao nada

Percebo que posso fugir de tudo

Menos dos meus próprios fantasmas

Mesmo sozinho e inseguro

Sinto a areia fina e a brisa suave