Goles que Matam o Vinho
A taça cheia
Que esvaziei
Em goles profundos
Doces goles moribundos
Goles que matam o vinho
Entorpecem a alma
Acalmam o espírito
Aplacam a dor
Como dói a ausência
Quando nunca se sentiu
A desejada presença
Dor de não ter o que nunca se teve
Nas noites intermináveis
Regadas a vinho
Temperadas com desilusões
A falta do amor sonhado impõe-se.
Nas conversas infindáveis
Na imensidão dos seres
Sente-se a louca vontade
De ter somente prazeres...