Goles que Matam o Vinho

A taça cheia

Que esvaziei

Em goles profundos

Doces goles moribundos

Goles que matam o vinho

Entorpecem a alma

Acalmam o espírito

Aplacam a dor

Como dói a ausência

Quando nunca se sentiu

A desejada presença

Dor de não ter o que nunca se teve

Nas noites intermináveis

Regadas a vinho

Temperadas com desilusões

A falta do amor sonhado impõe-se.

Nas conversas infindáveis

Na imensidão dos seres

Sente-se a louca vontade

De ter somente prazeres...

Alíria Branca
Enviado por Alíria Branca em 10/06/2007
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