Vida Vazia

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Eu sou o vazio das horas,

Sou o tédio dos minutos,

O inseto das amores,

A podridão dos frutos!

Sou toda um canto de ternura,

Que não sabe uma nota só...

Sou toda promessa e ventura,

Mas só quero voltar ao pó!...

Tenho um coração forte

Que a ti ainda ama,

Mas só espero a morte,

Por ela minha alma clama!

Tenho tanto, tanto de mim

Para dar feito muito amor,

Mas cansei de sofrer assim,

Não posso agüentar tanta dor!

Já não quero mais amar-te,

Já não acredito em poesia,

Já nada mais tenho a dar-te,

Sou gargalhada sem alegria!

Balneário Camboriú/SC – 17/06/1998

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